quarta-feira, 10 de abril de 2013

      Mea culpa, mea máxima culpa


Eu gostaria de começar falando do brilho intenso das estrelas,da transformação das borboletas, do canto das cigarras... porque tudo isso responde às minhas indagações e me permite sonhar e acreditar em

um mundo mais justo e menos desigual.

O meu país tem 500 anos de descobrimento .A história registrada ,mostra que o nosso desenvolvimento se deu através de interesses econômicos dos países europeus que ,insensivelmente,nos obrigaram a conviver com uma cultura de empréstimo, impedindo assim,um desenvolvimento harmonioso com a evolução cultural do povo aqui existente.Isto provocou uma enorme perda de identidade.Perdendo-se para sempre os valores culturais de uma etnia.
Como consequência ,herdamos,entre outras coisas, religião ,idioma e uma mestiçagem embaralhada resultante do cruzamento indígena ,europeu e africano.Vale lembrar que ,a língua própria é a mais alta expressão de inteligência de um povo pois é o resultado de sua criação mais viva e original.

Hoje ,vivemos parasitariamente à beira do Atlântico ,nos princípios civilizadores elaborados na Europa.Prejudicados pelas leis biológicas,etnologicamente indefinidos e sem tradições nacionais uniformes.As exigências crescentes das civilizações  e a concorrência material alcançaram grande velocidade o que pode provocar o esmagamento das raças fracas pelas raças fortes .

 Denunciemo-lo

fonte: OS SERTÕES  (Euclides da Cunha)